Via Láctea sobre a Horse Head Rock, Nova Gales do Sul, Austrália
© Philip Thurston/Getty Image
A pedra que tem sede do mar
Na costa da Austrália, perto de Bermagui, uma figura silenciosa se curva em direção ao mar: a Horse Head Rock, vista na imagem, parece um cavalo mítico, eternamente prestes a beber das ondas. Com cerca de 500 milhões de anos, essa escultura natural moldada por marés e ventos atrai aventureiros e fotógrafos, especialmente ao amanhecer, quando sua silhueta se destaca contra o céu. O acesso pela areia, possível apenas durante a maré baixa, permite sentir de perto a imponência dessa sentinela ancestral. Ao fundo, ergue-se Gulaga, montanha sagrada para o povo Yuin, habitantes originários da região. Para eles, ela é mais do que um marco geográfico: é uma presença viva, carregada de significado espiritual.
Formações como essa ecoam no Brasil, onde a natureza também brinca de esculpir: pense na Pedra da Gávea, no Rio, ou no Morro do Camelo, na Bahia. Rochas que inspiram lendas, moldadas por séculos de vento e imaginação. Entre mar, céu e montanhas, o mundo molda símbolos que atravessam o tempo — e nos inspiram a olhar com mais reverência para o que a Terra cria.