Esqueletos (calacas) vestidos para as celebrações do tradicional Día de los Muertos, no México
© Amelia Fuentes Marin/Getty Image
A morte é só mais um marco da vida
A celebração da morte pode até parecer estranha – afinal, é o fim de nossa existência pessoal. Se você tentar argumentar isso para quem celebra o Día de los Muertos (ou Dia dos Mortos, em bom português), talvez receba em troca um sorriso de quem sabe o que está fazendo. Pode ser que te expliquem que a morte é parte da roda da vida e assim, que ela é natural como qualquer outro marco. Como mostra a foto de hoje, o Dia dos Mortos é um grande feriado no México. Nele e nas semanas que o antecedem, calacas – versões esqueleto de músicos, trabalhadores e outros tipos de cena da vida cotidiana – podem ser vistas “espreitando” escondidinhas. As pessoas vivas também se vestem de mortos para o dia, exibindo fantasias de esqueletos, máscaras e maquiagem de acordo. Música, procissões e muita comida, se somam à atmosfera divertida e peculiar.
O Dia dos Mortos tem raízes profundas no México. No tempo dos Astecas, por exemplo, acreditava-se que as pessoas viajavam para a terra dos mortos, conhecida por Chicunamictlán, depois que morriam. As crenças pré-hispânicas do México acabaram por se somar àquelas trazidas pelos colonizadores (como o Dia de Todos os Santos) para criar a alegre celebração que vemos hoje. Famílias deixam comida e outras oferendas como presentes para quem já partiu, dando as boas-vindas por um dia a quem não mais está presente aqui na Terra. Não se admira então que seja visto como um feriado muito feliz – você tem a chance de passar um tempo com os espíritos das queridas e amadas pessoas que já se foram! Só tome cuidado para não ficar preso naquele papo de almoço de domingo com o seu tio do pavê.