Göreme, na Capadócia, Turquia
© Anton Petrus/Getty Images
Göreme, na Capadócia, Turquia
Tanto belezas naturais quanto marcos históricos, as estruturas remanescentes de ação vulcânica encontradas em Göreme podem lembrar os contornos de espécies alienígenas ou uma ilustração dos livros de Dr. Seuss. Formações rochosas como essas são conhecidas por muitas alcunhas – pedra de tenda, chaminé de fada e pirâmide de terra – e são encontradas normalmente em áreas quentes e secas. Aqui na Capadócia, no centro-sul da Turquia, elas se formaram quando uma espessa camada de cinzas vulcânicas se solidificou ao longo de milhões de anos em forma de uma rocha macia, porosa, chamada tufo, que foi posteriormente sobreposta por basalto. Frestas nesse basalto permitiram que a macia camada interna fosse atingida por vento e chuva, deixando o basalto, que é um mineral mais denso, cobrindo as altas colunas de tufo. O resultado são essas incomuns, deslumbrantes – talvez intrigantes – formações que se espalham pelo planalto de Anatólia.
Essa parte do que é nos dias de hoje a Turquia, é habitada, no mínimo, desde entre 1800 e 1200 a.C., durante a era dos hititas, povo indo-europeu que fundou um poderoso império no local. Inúmeros impérios antigos lutaram pela região, com hititas, assírios, neoassírios, persas, gregos e romanos, cada um reivindicando a posse de Anatólia em algum momento. Para escapar desse mundo perigoso de guerras, os habitantes aprenderam a se entocar nas encostas das colinas para se protegerem. Hoje, os visitantes podem ver o interconectado e vasto complexo de cavernas em que as sociedades prosperaram e se abrigaram por milênios. O Parque Nacional de Göreme passou a ser considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985 e hoje é um destino turístico popular.