Vitreledonella richardi no Oceano Atlântico, próximo à costa de Cabo Verde
© Solvin Zankl/Minden Picture
Parece de vidro, mas não quebra
Uma das criaturas matinhas mais misteriosas, esse “polvo de vidro” mora nas profundezas do oceano, onde a luz solar não chega. Os Vitreledonella richardi raramente são vistos e são muito difíceis de observar, mas são excelente exemplo da grande diversidade da ordem Octopoda, que celebramos hoje no Dia Mundial do Polvo. A celebração da data é bem apropriada: em 8 (como a quantidade de tentáculos dessas criaturas) de outubro.
Quanto mais aprendemos sobre polvos, mais fascinantes eles se mostram. Eles estão entre as mais espertas criaturas marinhas. Seus comportamentos também são impressionantes: além de lembrar e reconhecer seres humanos, eles estão entre os poucos animais capazes de usar ferramentas. Alguns, como o polvo-gigante-do-Pacífico são gigantescos. Outros, minúsculos. Eles são capazes de se adaptar a locais muito diferentes, de piscinas formadas pela alta da maré às profundezas do oceano.
Na escuridão onde vivem, esses “polvos de vidro” são praticamente invisíveis, o que os ajuda fugir de predadores como a baleia-bicuda-de-cabeça-plana-do-norte. Apenas seus olhos são facilmente visíveis. A espécie é relativamente pequena, com uma cabeça de cerca de 10 cm. Sua expectativa de vida, como a da maioria das espécies de polvo, é curta: eles vivem apenas alguns anos. Eles crescem rápido, chegam à fase adulta cedo, se reproduzem pouco depois isso e provavelmente nunca a chegam a ver a luz do Sol.