Infini-D, sendo apresentado na passarela durante o World of WearableArt Awards, em Wellington, na Nova Zelândia, 2019
© Hagen Hopkins/Getty Images for World of WearableAr
A fina linha entre arte e moda
World of WearableArt Awards em Wellington, Nova Zelândia O que conhecíamos por roupas costumava ser feito de pele ou pelos de animais. Aquilo que conhecíamos como arte, já foi definido, em algum momento, como desenhos nas paredes de cavernas. Os tempos mudaram. Atualmente a moda é uma grande indústria e arte pode ser um campo muito lucrativo. Hoje estamos celebrando a “arte vestível”, que mistura esses gêneros e tem devotos apaixonados. Bateu a curiosidade? Dê uma conferida no World of WearableArt (Mundo da ArteVestível, em tradução livre do inglês), que tem deixado os fãs de arte e moda de queixo caído com sua premiação na Nova Zelândia. A competição vai até 16 de outubro e mostra o trabalho de artistas, designers e figurinistas. Ela acaba sendo parte de um grande espetáculo teatral: há dançarinos, músicos e acrobatas aéreos no evento também.
Nossa imagem de hoje mostra Infini-D, vencedor de 2019 que, segundo a divulgação do evento, é “uma homenagem à Yayoi Kusama – uma meditação sobre geometria, dimensionalidade e o gótico pós-moderno cinemático”, dos designers australianos Tara Morelos, Ahmad Mollahassani e Nelia Justo. Não é só a aparência da peça que foge do convencional: ela foi criada utilizando-se materiais eletrônicos, acrílico, papelão e tecido. Nossa suspeita é de que talvez não seja muito adequada para a chuva.
A premiação foi idealizada por Dame Suzie Moncrieff, uma escultora que vislumbrou arte sendo exibida em um corpo humano em movimento, em vez da tradicional parede de uma galeria de arte. Ela organizou o primeiro evento no ano de 1987, em Nelson, área rural da Nova Zelândia onde morava. Hoje, o World of WearableArt é um fenômeno global, com 103 designers de todo o mundo se juntando para hipnotizar os públicos a cada ano.