Fenda em um veio ativo de lava, Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, no Havaí, Estados Unidos
© Tom Schwabel/Tandem Stills + Motio
O vulcão mais ativo do planeta
O brilho alaranjado do rio de lava mostrado na imagem é uma visão frequente no Kilauea, o mais jovem vulcão do mundo, em uma das ilhas mais jovens do planeta. Praticamente em constante erupção nos últimos 40 anos, o Kilauea é considerado o vulcão mais ativo do planeta e é a atração principal do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, que foi criado nesse dia, em 1916. O parque, que é considerado pela Unesco uma Reserva de Biosfera e Patrimônio da Humanidade, também possui outro vulcão ativo, o Mauna Loa, o maior vulcão em escudo do mundo, que erupcionou pela última vez em 1984. Juntos, eles são os vulcões mais estudados pelos seres humanos.
Os vulcões da ilha Havaí, a maior do arquipélago havaiano, nos oferecem a chance de dar uma espiadinha em tempo real na criação contínua de toda a cadeia das ilhas havaianas, um processo que tem acontecido há algumas dezenas de milhões de anos. O Havaí como o conhecemos deve sua existência a uma fissura no assoalho oceânico. O magma passa por essa fenda e se transforma em rocha sólida. Uma vez que o magma é expulso, a rocha sobe até a superfície do mar e vira uma ilha. A ilha continua a crescer até que o movimento das placas tectônicas a desloque do rumo da fissura. Como a fissura não se move, novas ilhas se formam constantemente. Tanto é que outra ilha havaiana, Loihi, fica a pouco mais de 32 km de distância e 900 metros abaixo do oceano. Em menos de cem mil anos ela deve substituir a ilha Havaí como a mais nova do arquipélago e provavelmente também terá sua chance de ser disputada por visitantes que compram residências de verão compartilhadas no local.
A religião havaiana credita a criação do Havaí à Pele, deusa do fogo e dos vulcões. Detentora de temperamento impetuoso e natureza passional, dizem que ela fez sua morada na caldeira Halema’uma’u do Kilauea. De dentro de seu lar vulcânico, ela controla o fluxo da lava e a frequência das erupções. De acordo com as lendas, às vezes ela vaga perto do parque em forma de uma velha senhora trajando uma túnica vermelha com um cachorro branco, um sinal de que uma nova erupção acontecerá em breve.