Amelia Earhart ensinando estudantes, em Newark, Nova Jersey, nos Estados Unidos
© Bettmann/Getty Image
Seu pioneirismo ecoa ainda hoje
Poucas pessoas na história moderna conseguiram nos chamar tanta a atenção como a famosa aviadora Amelia Earhart, nascida nesse mesmo dia em 1897. Ela foi duplamente uma pioneira de seu tempo: uma piloto talentosa quando voar ainda era relativamente novo e uma mulher em uma área predominantemente masculina. A fama de Earhart se cresceu ainda mais, infelizmente, não por seus feitos, mas por seu súbito desaparecimento em 1937. Aos 39 anos, ela desapareceu juntamente com o navegador Fred Noonan, no meio do Oceano Pacífico, enquanto tentava dar a volta ao mundo em um avião. As buscas oficiais pelos dois duraram 17 dias. A marinha e a guarda-costeira estadunidenses procuraram por quase 400 mil km² do Pacífico, em um esforço que acabou por ser a busca mais cara da história àquela época. Seu marido, George Putnam, também liderou uma busca particular nos meses seguintes. Nunca se achou nenhum traço da aeronave ou de seus ocupantes.
Earhart nasceu no Kansas e começou as aulas de vôo aos 23 anos, pouco depois de ter voado pela primeira vez. Ela comprou seu primeiro avião um ano depois e, com ele, estabeleceu o primeiro de muitos recordes como a maior altitude já atingida por uma mulher pilotando, aos 14 mil pés. Em 1928, ela foi a primeira passageira mulher a atravessar o Atlântico em um avião. Em 1932 ela foi a primeira mulher a cruzar voando sozinha o Oceano Atlântico sem paradas e a segunda pessoa (o primeiro foi Charles Lindbergh) a realizar o feito. Mais tarde, naquele mesmo ano, ela se tornou a primeira mulher a voar sozinha de uma ponta a outra dos Estados Unidos, estabelecendo o recorde de quase 4 mil km. Em 1935, ela se tornou a primeira pessoa a voar do Havaí para a porção continental dos Estados Unidos. Nesse momento Amelia Earhart já era uma heroína nacional e celebridade internacional, além de referência para mulheres e meninas.
Seu falecimento prematuro deu origem a inúmeras teorias, documentários, livros, filmes, tributos e um lugar cativo na cultura popular. Nunca saberemos o que ela poderia ter conquistado se tivesse vivido mais. Mas em sua relativamente curta vida, ela criou um legado que sobreviveu à sua partida.