Observatório La Silla, no Chile
© Alberto Ghizzi Panizza/Getty Images
Observatório La Silla, no Chile
Em um dos locais com melhor visibilidade celeste no globo terrestre há um grupo de telescópios que examinam os céus todas as noites, enviando informações detalhadas sobre suas observações para astrônomos ao redor do mundo. Longe de grandes centros populacionais e de poluição luminosa, o deserto do Atacama, no Chile, é o mais seco do mundo, excluindo-se as regiões polares. Por causa disso, ele é o local perfeito para abrigar o Observatório La Silla (espanhol para ‘A cadeira’), um dos maiores observatórios do hemisfério Sul e o primeiro a ser usado pelo Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO, no original em inglês), uma organização de pesquisa formada por astrônomos de 16 nações europeias. O primeiro telescópio em La Silla começou a funcionar em 1966.
O Observatório La Silla está localizado a 600km ao norte de Santiago, capital do país, e 2.400m acima do nível do mar. Mas por que manter um observatório em terra firme, sendo que é possível mandar os telescópios para o espaço, livres de efeitos da atmosfera terrestre? Os telescópios terrestres são muito maiores do que aqueles que conseguimos colocar em órbita pelo mesmo preço. Para manter qualidade de imagem, os sistemas óticos detectam a distorção causada pela atmosfera terrestre, fazem correções e conseguem entregar uma imagem quase tão nítida quanto a dos telescópios espaciais. Bem mais nítido do que observar as estrelas sentado de uma cadeira no quintal e bem mais próximo de observar audaciosamente os locais onde nenhum homem jamais esteve.