Recife de corais na Lagoa Marovo, nas Ilhas Salomão
© WaterFrame/Alam
Dia Mundial da Conscientização Sobre Recifes
A Lagoa Marovo, nas Ilhas Salomão, é a maior lagoa de água salgada do mundo. Protegida por uma dupla barreira de recifes, ela é o lar de espécimes únicos da vida marinha e de corais, fazendo dela um destino obrigatório para mergulhadores. A beleza e a biodiversidade contidas em seus quase 700 km² de águas transparentes são a inspiração perfeita para o Dia Mundial de Conscientização Sobre Recifes, celebrado todo dia 1ºde junho para alertar sobre essa parte vital, mas pouco vista da natureza. Esse dia também marca o começo do mês dos oceanos, um tempo para celebrar e aprender sobre esses ecossistemas vitais.
Apesar de barreiras de corais ocuparem menos de 0,1% dos oceanos do planeta, eles podem abrigar até 25% das espécies marinhas existentes. Corais não são plantas, mas sim parte animais e parte minerais, um invertebrado que secreta carbonato de cálcio para formar seu “esqueleto”. Eles crescem em colônias, normalmente em águas rasas e quentes, e formam vastas colônias que vemos como recifes, providenciando uma plataforma essencial para que a vida marinha possa prosperar ao seu redor. Eles trazem benefícios até para a terra firme, protegendo o litoral das forças do oceano.
Infelizmente, as barreiras de corais estão sofrendo uma intensa pressão ambiental em decorrência da poluição, excesso de pesca e, principalmente, por causa da mudança de temperatura dos oceanos. Um oceano mais quente, juntamente com a acidificação da água – consequência do aumento nos níveis de dióxido de carbono (CO₂) –, resulta no branqueamento dos corais, uma vez que, quando estão sob estresse, eles perdem sua cor. Os dois saudáveis e vibrantes corais da imagem são, cada vez mais, a exceção, não a regra. Recentemente, até o robusto e próspero recife da Lagoa Marovo começou a mostrar sinais de branqueamento, uma lembrança de que a beleza que vemos nessa imagem é frágil e está ficando ainda mais rara.