Museu Afro-Brasileiro em Salvador, na Bahia
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Em busca de uma sociedade mais consciente
Comemorado todo dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra foi instituído por lei em 2011. A data busca reivindicar a valorização de um símbolo histórico nacional, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares – local que acabou por se tornar o mais emblemático símbolo de resistência da história negra do Brasil. O Quilombo dos Palmares foi formado por volta de 1597 e seus moradores eram povos escravizados que não mais queriam ser explorados nas lavouras de cana-de-açúcar. Assim, eles fugiam e se estabeleciam em núcleos de resistência chamados quilombos, onde viviam em comunidades livres, segundo suas próprias maneiras.
Hoje celebramos a cultura negra e seu papel na formação da identidade, cultura e sociedade brasileira hoje e no futuro. Muitos dos nossos costumes, como usar roupa branca na virada do ano novo e pular sete ondinhas, por exemplo, veio de tradições trazidas por essas pessoas escravizadas. Além disso, nosso português incorporou palavras e expressões de línguas originárias do continente africano e muitos dos nossos ritmos musicais coincidem com os do além-mar. E nossa comida? Gosta de cuscuz, tapioca, bolo de milho, acarajé, angu e bobó? Encontradas por todo o país, essas iguarias também têm origem africana.
Considerando que as tradições e costumes trazidos por povos oriundos da África estão arraigados na nossa sociedade e foram fundamentais para que nosso povo seja como somos hoje, trazemos, para reflexão, o pensamento do líder sul-africano Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. Agora você entende um pouco mais sobre o que é ser consciente da contribuição da cultura negra para a sua vida? Feliz Dia da Consciência Negra!