Água-viva dourada no Jellyfish Lake, na ilha de Eil Malk, Palau
© Nature Picture Library/Alam
Águas-vivas em um mundo só delas
Águas-vivas douradas no Jellyfish Lake, Palau Se você tiver sorte o suficiente para ver essas criaturinhas pelas lentes da sua máscara de mergulho, você deve estar submerso nas águas do Jellyfish Lake, Ilha de Eil Malk, parte da pequena nação insular Palau. As águas-vivas douradas são uma subespécie única desse lago, nessa pequena ilha – elas não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Cerca de um milhão dessas “geleias douradas”, mais ou menos do tamanho de uma xícara, habitam o lago e vivem em busca da luz solar que as nutre. Algas vivem em simbiose dentro das águas-vivas e provêm energia às suas anfitriãs como um subproduto da fotossíntese. Quanto mais luz solar as águas-marinhas recebem, mais energia vem de suas hóspedes. Por causa disso, essas criaturas começam o dia na ponta leste do lago e seguem o curso do Sol em direção ao oeste.
O lago marinho de água salgada em que elas vivem é um dos dez de Eil Malk – que tem pouco mais de 18 km² – e uma das marcas das Ilhas Chelbacheb, das quais Eil Malk faz parte. As Ilhas Chelbacheb, declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco em 2012, são um apanhado de centenas de minúsculas ilhas rochosas caracterizadas pelo seu formato de cogumelo. Juntas, todas as elas ocupam pouco mais de 41 km², o que faz de Eil Malk uma das maiores do arquipélago. Os lagos marinhos, como o Jellyfish Lake (Jellyfish significa água-viva em inglês), já foram parte do oceano, mas ficaram circunscritos à terra ao longo dos milênios. As águas-vivas douradas evoluíram nesse microuniverso, separadas de outras fontes de alimentação e predadores. Como consequência, elas perderam sua habilidade de ferroar. Então, prepare-se para o mergulho! Não há necessidade de manter distância dessas belas criaturas.