Ilha Källö-Knippla no arquipélago de Gotemburgo, Suécia
© Martin Wahlborg/Getty Image
O lar da comida mais fedida do mundo
Deixe seus prendedores de roupa à mão, seu nariz vai precisar deles: hoje é Dia do Surströmming. Para os desavisados, viemos até a Suécia para apreciar essa maravilha pútrida. O surströmming é um arenque báltico que foi pescado entre abril e maio, depois levemente salgado e fermentado. Desde 1940, um decreto real proíbe a venda dessa fétida iguaria antes da terceira quinta-feira de agosto para impedir que o peixe que ainda não esteja completamente fermentado seja vendido. Hoje, o decreto não é mais válido, mas a tradição segue.
Os suecos se esbaldam com arenque em conserva saído de latas inchadas que a maioria das pessoas provavelmente acredita que deva ser aberta ao ar livre ou melhor ainda, embaixo d’água. Essa é a melhor forma de aliviar um pouco o futum do que muitos consideram ser “a comida mais fedida do mundo”. Você já deve ter visto alguns vídeos de pessoas corajosas topando a experiência de experimentar a comida, mas falhando mi-se-ra-vel-men-te. Isso é parte da diversão, ainda que esses vídeos não sejam nem de longe a melhor das representações de um verdadeiro banquete de surströmming.
Na imagem de hoje, trouxemos uma pequena vila de pescadores na Ilha de Källö-Knippla, no arquipélago norte de Gotemburgo. As pessoas daqui provavelmente irão se deliciar com um pouco de surströmming em cima de um pão fino sueco, o tunnbröd. Tipicamente também se coloca cebolas roxas, creme azedo ou ainda endro por cima do pãozinho. Essa iguaria é empurrada para dentro com uma bebida, cerveja ou mesmo leite. O gosto é bem pronunciado, saboroso e até um pouco ácido. Isso é, se você conseguir engolir. Um famoso crítico de comida disse que “o maior desafio ao comer o surströmming é colocar tudo para fora somente depois da primeira mordida, em vez de antes”. Brincadeiras (ou nem tanto) à parte, você já tinha ouvido falar nessa iguaria típica?